Criança Interior

Dentro de cada ser humano existe um ser pequenino que requer cuidado e atenção, é a nossa criança interior, que muitas vezes nos esquecemos dela.
Precisamos aprender com a nossa criança como viver a vida com mais serenidade, alegria e ousadia.
Aprendemos muitas coisas quando somos crianças, sorrir, cantar, chorar, fazer birra, etc....por isso ela é uma excelente ajuda para o nosso auto conhecimento.


Falta de conhecimento de si mesmo traz conseqüências!

“Em todo adulto espreita uma criança, uma criança eterna, algo que está sempre vindo a ser, que nunca está completo, e que solicita cuidado, atenção e educação incessantes. Essa é a parte da personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa”.
C.G Jung

Desde criança precisamos saber que somos importantes, que somos levados a sério e que cada parte de nós é digna de ser amada e aceita. Precisamos também saber que os que tomam conta de nós, nos amam e podemos confiar neles. Quando não podemos confiar nas pessoas responsáveis por nós, quando sentimos que não se preocupam com o que sentimos, desenvolvemos uma profunda falta de confiança em nós mesmos. Se formos privados desse amor, nossa noção de EU SOU, é prejudicada, contaminando o adulto com uma sede insaciável de amor, atenção e afeição, procurando esse amor no externo, em coisas materiais, dinheiro ou em outras pessoas. Só podemos mudar algo quando conseguimos reconhecer alguns padrões em nossa vida. A falta de auto conhecimento e conexão com a criança interior, pode trazer alguns padrões comuns.

·  Sentimentos mais intensos
Medo, culpa, vazio, impotência, solidão e muito medo de ser abandonado e rejeitado. Quando os pais e outros adultos significativos nos abandonam, rejeitam ou abusam de nós na infância: ( abuso não somente sexual, mas abuso de direito, de autoridade, etc.), a dor é tão insuportável que o adulto se desliga da criança interior para não ter mais tais vivencias, intensificando assim a dor, o vazio e a solidão.

·  Medo de estar errada
A criança interior abandonada está quase sempre com medo de estar errada, porque acredita ser essa a razão de ter sido abandonada ou rejeitada. Torna-se um adulto que está sempre pedindo desculpas, como se precisasse se desculpar por um dia ter nascido. Pode ainda ser um adulto perfeccionista, ou muito preso às regras, em como as coisas devem ser feitas, na tentativa de não errar.

·  Repetição interna
A repetição interna consiste em repetir em si mesmo as violências do passado. Nós nos punimos como nos puniam na infância. Dizer a si mesmo frases como: “seu idiota como Pode ser tão burro?” ou “não sei fazer nada direito”, “nunca serei feliz”, podem ser repetições que ouvia quando criança. Algumas pessoas batem no próprio rosto, exatamente como a mãe fazia com ela quando era pequena. A emoção do passado, não resolvida, geralmente é usada contra a própria pessoa. Se era comum desprezarem nossos sentimentos, será também comum nos relacionarmos com quem agirá da mesma forma.

·  Dificuldade no relacionamento afetivo.
Se quando crianças, fomos vitimas de maus-tratos, tendemos a manter relacionamentos destrutivos, permitindo sermos tão maltratados como éramos, temendo o abandono. Confundimos carência com amor. Como podemos compartilhar nossa vida com alguém, quando não sabemos realmente quem somos? Como alguém pode nos conhecer quando não sabemos realmente quem somos? Como podemos receber amor de alguém se não nos sentimos merecedores de sermos amados?

·  Comportamento agressivo.
Hitler foi espancado na sua infância, humilhado e envergonhado por um pai sádico. Hitler repetiu a forma mais extrema dessa crueldade em milhões de pessoas inocente. O comportamento agressivo pode ser o resultado da violência na infância, da mágoa, e a dor  não resolvidas. A criança impotente e ferida pode se transformar no adulto agressor. Isto é  verdade especialmente em casos de maus-tratos físicos, abuso sexual, e de severa pressão emocional. Para sobreviver à dor, perde-se toda noção de identidade, identificando-se com o agressor.
A maioria do comportamento agressivo nem sempre é resultado de maus-tratos. Em alguns casos, crianças que foram “mimadas” pelos pais aprenderam a se considerar superiores ao outros, fazendo-as acreditar que merecem um tratamento especial de todos. Perdem toda a noção de responsabilidade, certas  de que seus problemas são sempre de outras pessoas, não assumindo a responsabilidade por seu comportamento.

·  Co-dependência.
Ser co-dependente é perder o contato com os próprios sentimentos, carências e desejos. Não tem noção do próprio valor, que é criado no seu intimo, só compreende o valor do outro, tornando-se dependente de outras pessoas. Não tem nenhuma noção interior do próprio “EU”.
A co-dependência nasce e cresce dentro de sistemas familiares doentios. Por exemplo: quando o ambiente familiar é de violência (química, emocional, física e sexual), a criança passa a focalizar apenas o exterior. Com o tempo ela perde a capacidade de gerar a auto-estima que vem de seu interior. O comportamento co-dependente indica que as carências da infância não foram atendidas, que a criança não sabe quem é. Algumas pessoas ficam paradas porque estão o tempo buscando fora o amor que não receberam.

·  Necessidade de aprovação e reconhecimento.
Grande parte do que lhe disseram quer era cuidado paterno e materno era abuso. Se continuar inclinado a minimizar e/ou racionalizar os modos pelos quais foi envergonhado, ignorado ou usado para satisfazer seus pais, não conseguirá se libertar da angustia e da dor. Deve aceitar o fato de que as coisas que aconteceram feriram você. Todas as crianças idealizam os pais, esse é o modo pelo qual garantem a própria sobrevivência. Contudo, quando a criança agredida idealiza os pais, ela acredita que é a única responsável pelo abuso de que é vitima. “eles me batem, porque sou uma criança malvada” ou ainda “eles me tocam porque eu deixo”. Estranhamente, quanto mais era agredida, maltratada ou ignorada em seus sentimentos, mais pensava que era mau, mais idealizava seus pais  mais necessidade de aprovação e reconhecimento por parte deles buscava, sempre procurando agradá-los. Esse comportamento pode se manter mesmo quando adulto. Se não consegue obter aprovação dos pais e depois junto de seu próprio adulto, poderá fazer de tudo para obter amor e provação dos outros

·  Carência.
É quando precisamos dos outros para sentir amado. Essa necessidade de uma aprovação externa surge do medo profundo do abandono e da rejeição. A carência em geral gera dependência em relacionamentos doentes e do qual não se consegue sair, por medo de ficar só.

É preciso confrontar-se com os sentimentos para nos curarmos.

Quando mais estiver disposto a enfrentar o medo, a verdade, a dor, a solidão, a mágoa, suas decepções, raivas, inseguranças, e quaisquer outros sentimentos, mais depressa se libertará dessas correntes que o aprisionam. Permita-se enfrentar todas as proteções que o ajudam a se esconder e comprometa-se com seu crescimento, pois enquanto não enfrentar sua dor, se esconderá atrás dela.
Mas é claro que pode optar em permanecer com seu medo e dor. Mas espero que seu desejo de se libertar internamente, seja muito maior do que seu medo de enfrentar a dor, que todo processo provoca.
Afinal, cada um tem a vontade de escolher aquilo que lhe é mais importante; permanecer como está, fingindo que não sente dor ou curar-se e crescer. Qual dele você prefere?

“Precisamos aceitar que não foram nossos pais que nos abandonaram, nós que nos abandonamos”
 
“Não importa o que fizeram com você, o que importa, é aquilo que você faz com o que fizeram de você” Jean Paul Sartre

Resgate da Criança Interior

Para falarmos da criança interior é necessário que compreendamos que desde a fecundação a criança começa a ter contato com as emoções internas capitadas através das emoções da mãe e de todos que a cercam e a partir dai, começa tomar posições que vão refletir em sua vida adulta. Partamos do adulto atuante e de todos os seus relacionamentos de co-dependência, dentro do emaranhado de emoções a que nos ligamos no dia-a-dia. Quantas barreiras de intimidade, quantos mecanismos de defesa acionados para podermos viver e tentar nos relacionar? Todos os mecanismos de defesa que temos hoje sem sombra de duvida é o mesmo mecanismo que a criança teve naquele tempo.
Quantos não são os momentos ou situações em que nos deparamos com atitudes estereotipadas ou exageradas?
Que tipo de carências ou situações mal-resolvidas, nos impulsionam a ter relacionamentos com pessoas erradas? Por que sentimos tanto medo, raiva, culpa, confusão de emoções?
Em que momento de nossa vida, ficou marcada essa fragilidade, esse sentimento de desvalia e rejeição?
Em quais ruas de nossa vida, está a criança alegre e destemida que não encontramos mais?
Quantas lágrimas estes olhos choraram e quantas represaram que acabaram por envelhecer?
Tantas foram as carências que fizeram com que nos entupíssemos e nos viciássemos em comida, bebida, drogas, e em quantos braços não tão propícios fomos aquecer nossa criança ferida.
Quantos não foram os momentos em que, apesar das boas aparências, não houve solidão ou depressão?
 Quantas crianças carentes e desencontradas existem dentro de nós?
Em quantos momentos de nossa vida a energia não foi bloqueada? Vários são os momentos de questionamento, ao qual damos o nome de crise existencial. Momentos em que alguma coisa muito importante falta dentro de nós, quando sentimos saudade de algo que parece que conhecemos, mas de que não nos lembramos mais. Ficamos como que imersos dentro de nós mesmos, buscando achar respostas e soluções através dos outros, vinculamos nossa felicidade e a colocamos em mãos alheias. Por comodidade ou covardia transferimos a responsabilidade da nossa vida para a responsabilidade do outro. E em nome do "amor" e acreditando estar "amando" projetamos todas as nossas carências e necessidades no outro, "vivendo" em função daquilo que possa vir de fora.
Esquecendo que desta forma jamais estaremos resolvidos, pois por mais que o outro nos ame parece não bastar tudo o que ele possa nos ofertar, a necessidade da nossa carência é sempre maior, nossa ânsia de atenção e disponibilidade é inesgotável. Nós, e somente nós mesmos, podemos resgatar nossas emoções mal-resolvidas. Os outros são nossos companheiros de viagem, que podem apontar e partilhar caminho, porém a escolha é sempre nossa. Existem vários companheiros nessa viagem, pessoas, situações, terapias etc. Essas oportunidades nos aparecem para que possamos reavaliar nossa vida, para que aprendamos novas lições e ampliemos nosso horizonte. Perceber nossos limites é um caminho muito importante na busca fabulosa do auto conhecimento e crescimento humano.
Quando de forma questionadora e corajosa tentamos nos redescobrir, percebemos que, a maioria das nossas respostas encontra–se na infância, na forma como fomos recepcionados pelas pessoas.  Para que possamos ser adultos mais equilibrados entre sentimentos, emoções e ego, é indispensável conhecermos e reavaliarmos nossa estrutura, percebemos o porquê de nossas reações, de que forma nossos conceitos e preconceitos foram estabelecidos, a fim de atualizarmos nossos valores, sermos capazes de mudar, encher com coisas novas nossa mente e coração, trazendo para nossa mente novos amores, sentimentos e emoções. Quando nos propomos  nos conhecer, e a nos aceitar, quando somos capazes de amar de forma mais plena e profunda, sem posse, sem cobranças, sem nos sentirmos vítimas quando estamos inteiros, corpo, mente e alma, conseguimos respeitar o outro na sua totalidade e particularidade.
Somos capazes de perceber em nossos relacionamentos a graça e a espontaneidade da troca, a ternura e a sensualidade do toque, o gostoso de partilhar sem ansiedade e expectativa. Portanto, ao reescrever nossa história, somos diretores e atores ao mesmo tempo, criadores e responsáveis pelo nosso presente e idealizadores de nosso futuro, podendo buscar tudo isso de forma mais efetiva, acolhendo nossa criança interior.
Para que essa criança maravilhosa, radiante e cheia de amor possa emergir, brincar e se mostrar, é necessário que seja encontrada, amada, valorizada, festejada e protegida. Então, vamos ouvi-la, conhecê-la, e através de nossa vontade desvendar seus medos, ancorar seus traumas, desmistificar seus velhos paradigmas, reaver sua espontaneidade e alegrias perdidas, enfim, reescrever sua história original acolhendo neste caminho sua ternura, ingenuidade e sorriso puro. Espelhar novamente o brilho nos olhos, a crença no futuro. Quebrar as correntes que nos amarram ao passado que controlam e que nos tornam controladores. Devemos ser capazes de mergulhar dentro de nós mesmos, procurando atender aos anseios do nosso coração, ser capazes de nos perdoar e de perdoar nossos pais, parentes e amigos, livrando-nos do peso  de um passado já vivido, e do nosso interior tomarmos impulso para ressurgir mais sábios de nossos limites, mais tolerantes com nossas carências, mais suaves em nossas crises e críticas. Motivados e motivadores para vivermos o presente de forma plena. Menos intimidados e mais íntimos com nossos verdadeiros sentimentos, aptos a conviver de forma plena e equilibrada com nossa criança interior. Sua criança grita a todos os momentos lhe pedindo que você à escute. Preste atenção na sua dor, ela pode ser sua criança gritando para você parar e resolver algo que está sendo escondido e não esclarecido.
Qual o grito que sua criança interior precisa soltar!!!
As relações em geral, são sempre motivos de queixas e uma das mais freqüentes é o modo pelo qual somos tratados, independente dos motivos. A frase: "O oposto do amor não é o ódio, é a indiferença" de Érico Veríssimo, nos faz lembrar em como as pessoas tratam com indiferença aqueles com quem convivem e dizem amar. Não, com certeza isso não é amor! Algumas pessoas entram na vida de outras e fazem um verdadeiro estrago... e sequer demonstram arrependimento, sequer voltam para pedir desculpas ou saber como você está se sentindo. Quem já foi alvo da indiferença sabe a dor e o estrago que causa, e sabe também que os cacos serão um a um recolhidos, mas até isso acontecer quanto sofrimento provoca.
E quem causou isso continua a vida, muitas vezes sem sentir o mínimo de dor, ao menos aparentemente, e vai machucando outros por onde passa. Claro que um relacionamento afetivo tem sua base e suas peculiaridades, e se um faz algo, foi porque o outro permitiu; mas a verdade é que quem não está bem consigo mesmo, deveria no mínimo ter a responsabilidade de não se envolver com outra pessoa. Sim, muitas pessoas não têm a percepção de não estar bem, e quando se relacionam, o outro muitas vezes funciona como um verdadeiro espelho, ou seja, aquilo que não vê em si mesmo, projeta no outro, acreditando verdadeiramente que não lhe pertence.
Usa o outro como espelho, sempre com o dedo acusador, sem se dar conta de que apenas está projetando no outro tudo que não consegue -ou não quer- enxergar em si mesmo.  É importante pensar ainda que se "envolver" para um pode não ter o mesmo significado para o outro, pois a maioria apenas mantém relações superficiais. Enfim, as variáveis são muitas, o que não nos impede de refletir sobre as possíveis causas e suas conseqüências, e assim ficarmos mais atentos na próxima relação. Afinal, os erros e as experiências são para aprendermos. . Portanto, cabe a quem conhece esse processo não cair em tal cilada. As pessoas estão tão alienadas de si mesmas, vivendo tão na superficialidade, que se esquecem de valores básicos como educação e, acima de tudo, respeito. Mas como podem se preocupar com o que o outro sente se não identificam nem aquilo que está bem dentro de si mesmo? Como respeitar os sentimentos do outro, se não respeitam nem os próprios sentimentos? Diante de tantos desencontros, como se envolver, verdadeiramente, sem se machucar?  Sim, o outro machucou, e nós, por vários motivos, conscientes ou não, permitimos, consentimos, nos iludimos, criamos expectativas, e ainda não consideramos vários sinais, sutis ou evidentes e o resultado disso tudo é um só: dor, dor e mais dor! Muitas vezes fazemos muito, cedemos muito, com a intenção que a relação dê certo; esperamos que dessa vez fosse diferente, mas não é! Decepcionamo-nos. E talvez se decepcionem conosco. Seja qual for a realidade, todos podemos aprender com tudo que acontece.
Mas só aprende quem quer, quem deseja crescer, evoluir, e está aberto para perceber quanto o autoconhecimento é fundamental, do contrário situação semelhante voltará a acontecer, tanto para quem machucou como para quem foi machucado. Ficar apontando o dedo, criticando, julgando, só demonstra o quanto não se consegue olhar para dentro de si. Não é nada fácil ter a coragem para enfrentar um processo de análise, o qual tem como objetivo principal o autoconhecimento, por isso é muito mais fácil apontar o que o outro, supostamente, fez de errado. Propor-se e se comprometer a ficar toda semana sentado por uma hora, durante um período indeterminado, para se encontrar consigo mesmo, e assim buscar a origem de seus conflitos, identificar suas máscaras, entender os motivos de seus comportamentos, encontrar sua verdadeira essência, realmente não é para qualquer um!
Muitas vezes, quem nunca passou pelo processo, acusa o outro por todas as dificuldades encontradas no relacionamento, e se esse também não se conhece, facilmente irá assumir toda a culpa pelo que não deu certo.
Isso acontece mais freqüentemente nas relações afetivas, mas também encontramos conflitos por falta de autoconhecimento nas relações de amizade, familiar e profissional. Autoconhecimento deveria ser condição básica para qualquer tipo de relacionamento. Já dizia Sócrates: "Conhece-te a ti mesmo", e “eu acrescentaria:" “antes de se envolver emocionalmente com outra pessoa". Quando uma pessoa-eu, você-, pretende, quer ou começa a se envolver com alguém, deve sim ter a responsabilidade de estar bem consigo mesmo para não jogar todos seus lixos no outro, pois é isso que acontece quando não se conhece a si próprio. Ninguém tem a responsabilidade de salvar, suprir necessidades emocionais do passado, ou mudar o histórico de vida de ninguém, pois isso é impossível, mas também ninguém tem o direito de piorar aquilo que já foi ou é tão difícil de ser superado. Ainda que a pessoa não saiba nada sobre o passado e as necessidades do outro, deve respeitá-lo acima de tudo como ser humano e lembrar que todos têm um histórico, uns mais difíceis de serem superados, outros menos.  As pessoas sequer têm consciência de suas necessidades emocionais, as quais dão origem às máscaras, e saem em busca de quem as salve, quando elas mesmas não conseguem se salvar. Complicado? Pode parecer, mas não é. Todos nós utilizamos máscaras, pois é um processo inconsciente como proteção e defesa da dor, mas sem autoconhecimento vivemos como se essas máscaras fossem nossa essência, o que não é verdade, pois nossa essência está escondida, e só a descobrimos quando nos dispomos a nos conhecer. Diante desse quadro a maioria dos relacionamentos envolve apenas mascarados. Eu uso minhas máscaras (das quais sequer tenho conhecimento), você utiliza as suas, e o conflito se instala. E o amor só pode ser realmente sentido quando duas essências se encontram, é essa a grande diferença!Num encontro de duas pessoas que estejam abertas para evoluir, há sempre a oportunidade de ambos aprenderem um com o outro e crescerem. Uma relação é feita a dois, cuja base é a troca... de afeto, carinho, atenção, amizade, cumplicidade, respeito, verdade, fidelidade, amor! E quando não se está preparado para tal troca e crescimento, é muito melhor encontrar-se antes consigo mesmo para só depois se permitir encontrar-se com o outro.